Partilha – Nazaré Uniluz

A Psicologia Transpessoal nasceu por conta de uma necessidade irrecusável de atender ao retorno de um sintoma reprimido por séculos: a “transcendência”. A ciência clássica com sua atitude racionalista, materialista, mecanicista, resistiu vigorosamente impedindo que esse tema, durante muito tempo, fosse introduzido em seu campo de saberes. Abraham Maslow, um dos mentores da Psicologia Transpessoal, afirmou que ao negar a sua dimensão transcendente, o ser humano cria doenças para si, para a sociedade e para o planeta.

Nos primórdios da Psicologia como disciplina científica autônoma, o filósofo e psicólogo William James afirmava que a consciência envolve diversos estados de manifestação incluindo a transcendência, a paranormalidade, a telepatia e a espiritualidade. Entretanto, o pensamento de James foi esquecido e o foco dos estudos em psicologia migrou para o comportamentalismo e para a psicologia experimental, negando assim um largo espectro de manifestações inerentes ao ser humano. Mas, logo no começo do século passado, a psicologia foi obrigada a admitir com Freud, a dimensão inconsciente do conhecimento. Um pouco mais tarde, Jung amplia a noção de inconsciente introduzindo a hipótese da existência de um inconsciente coletivo.

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